Empoderamento feminino e geração de renda

Mulheres em territórios vulneráveis de Campinas se organizam para minimizar o impacto da insegurança alimentar agravada com a pandemia de Covid 19

A gente entende como sucesso de um projeto de agricultura urbana quando a própria comunidade abraça a causa e começa a ampliar a atuação por vontade própria. É o que vivemos com o projeto de agricultura urbana da FEAC. 

Ainda em meio a pandemia começamos a trabalhar em dois territórios de Campinas (SP). O objetivo do projeto é promover a segurança alimentar em regiões de vulnerabilidade social a partir do cultivo local de alimentos. Leia mais aqui.

Utilizando nosso método de design de projeto de agricultura urbana, trabalhamos na implantação de hortas agroecológicas e composteiras em 2 comunidades: Menino Chorão e São Judas Tadeu. Seguimos duas etapas:

  • Desenvolvimento comunitário a partir de encontros de mobilização da comunidade sobre os temas de alimentação saudável e sustentável, horta e compostagem.
  • Apresentação de possibilidade de geração de renda com beneficiamento dos alimentos colhidos na horta

Confira artigo no Linkedin sobre o passo a passo deste trabalho

O foco inicial foi promover hortas domésticas e só depois implantar hortas comunitárias nos territórios com canteiros produtivos e compostagem. Além do cultivo, um dos principais objetivos é trabalhar em parceria com lideranças locais para que se articulem em redes maiores de agricultura urbana, sejam multiplicadores de conhecimentos em educação alimentar e nutricional e seus impactos na saúde, e dominem tecnologias sociais relacionadas ao plantio e à compostagem nos territórios onde atuam.

E é isso que está acontecendo. Na Comunidade São Judas. O plantio começou no CRAS, espaço que era o ponto de encontro do grupo de mulheres Bordadeiras Fazendo Arte. O grupo de 12 pessoas pegou o gosto pelo plantio e colheita. Além da manutenção da horta do espaço, agora já estão em um terreno que foi cedido por um morador do bairro, o Seu Joaquim. Assim elas conseguem plantar alimentos de maior sustância como milho e mandioca em uma área de cerca de 50m².

Ao mesmo tempo, na comunidade Menino Chorão, já havia um projeto de horta comunitária acontecendo com o apoio do coletivo Pertim. Com a nossa participação, fortalecemos o grupo e, a partir dos encontros temáticos sobre como aproveitar alimentos da horta, essas mulheres foram empoderadas a gerar renda a partir da colheita. 

Leia reportagem sobre o projeto.